segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ecumenismo

Ecumenismo não quer dizer que todas as pessoas devam praticar a mesma religião, mas que todas as diferenças crenças se respeitem.

A Igreja sempre busca o diálogo pela paz e compreensão, e é isso que os fiéis devem fazer.

A Igreja reconhece que Deus não possui uma religião exclusiva que leva para o céu. Sabemos que quem salva é Jesus Cristo, não a religião, e que há uma união entre todas as denominações cristãs no mundo, embora essa unidade seja imperfeita (CIC 838).

“A Igreja vê-se ainda unida, por muitos títulos, com os batizados que têm o nome de cristãos, embora não professem integralmente a fé ou não guardem a unidade de comunhão com o sucessor de Pedro (...). Deste modo, o Espírito suscita em todos os discípulos de Cristo o desejo e a prática efectiva em vista de que todos, segundo o modo estabelecido por Cristo, se unam pacificamente num só rebanho sob um só pastor (31). Para alcançar este fim, não deixa nossa mãe a Igreja de orar, esperar e agir, e exorta os seus filhos a que se purifiquem e renovem, para que o sinal de Cristo brilhe mais claramente no seu rosto” (LG 15).

Contudo, essa união não se estabelece apenas entre as igrejas cristãs.

O judaísmo e o islamismo são consideradas as religiões mais próximas do cristianismo, por isso a Igreja Católica os fala em primeiro lugar, considerando que os praticantes dessas religiões também podem participar do desígnio da salvação.

Em relação aos judeus:

“Com efeito, a Igreja de Cristo reconhece que os primórdios da sua fé e eleição já se encontram, segundo o mistério divino da salvação, nos patriarcas, em Moisés e nos profetas. Professa que todos os cristãos, filhos de Abraão segundo a fé, estão incluídos na vocação deste patriarca e que a salvação da Igreja foi misticamente prefigurada no êxodo do povo escolhido da terra da escravidão. A Igreja não pode, por isso, esquecer que foi por meio desse povo, com o qual Deus se dignou, na sua inefável misericórdia, estabelecer a antiga Aliança, que ela recebeu a revelação do Antigo Testamento e se alimenta da raiz da oliveira mansa, na qual foram enxertados os ramos da oliveira brava, os gentio. Com efeito, a Igreja acredita que Cristo, nossa paz, reconciliou pela cruz os judeus e os gentios, de ambos fazendo um só, em Si mesmo” (NA 4).

A respeito dos muçulmanos:

"A Igreja olha também com estima para os muçulmanos. Adoram eles o Deus Único, vivo e subsistente, misericordioso e omnipotente, criador do céu e da terra, que falou aos homens e a cujos decretos, mesmo ocultos, procuram submeter-se de todo o coração, como a Deus se submeteu Abraão, que a fé islâmica de bom grado evoca. Embora sem o reconhecerem como Deus, veneram Jesus como profeta, e honram Maria, sua mãe virginal, à qual por vezes invocam devotamente. Esperam pelo dia do juízo, no qual Deus remunerará todos os homens, uma vez ressuscitados. Têm, por isso, em apreço a vida moral e prestam culto a Deus, sobretudo com a oração, a esmola e o jejum" (NA 3).

Hinduísmo e Budismo:

"... no hinduísmo, os homens perscrutam o mistério divino e exprimem-no com a fecundidade inexaurível dos mitos e os esforços da penetração filosófica, buscando a libertação das angústias da nossa condição quer por meio de certas formas de ascetismo, quer por uma profunda meditação, quer, finalmente, pelo refúgio amoroso e confiante em Deus. No budismo, segundo as suas várias formas, reconhece-se a radical insuficiência deste mundo mutável, e propõe-se o caminho pelo qual os homens, com espírito devoto e confiante, possam alcançar o estado de libertação perfeita ou atingir, pelos próprios esforços ou ajudados do alto a suprema iluminação. De igual modo, as outras religiões que existem no mundo procuram de vários modos ir ao encontro das inquietações do coração humano, propondo caminhos, isto é, doutrinas e normas de vida e também ritos sagrados.
A Igreja católica nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo. Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos e doutrinas que, embora se afastem em muitos pontos daqueles que ela própria segue e propõe, todavia, reflectem não raramente um raio da verdade que ilumina todos os homens. No entanto, ela anuncia, e tem mesmo obrigação de anunciar incessantemente Cristo, «caminho, verdade e vida» (Jo. 14,6), em quem os homens encontram a plenitude da vida religiosa e no qual Deus reconciliou consigo todas as coisas.
Exorta, por isso, os seus filhos a que, com prudência e caridade, pelo diálogo e colaboração com os sequazes doutras religiões, dando testemunho da vida e fé cristãs, reconheçam, conservem e promovam os bens espirituais e morais e os valores sócio culturais que entre eles se encontram" (NA 2).

Deve-se buscar a unidade, mas sem esquecer o amor e os ensinamentos de Deus.

A busca da unidade

O mundo moderno é marcado por inúmeras crenças e várias filosofias.

Como agir com pessoas de crenças tão diferentes? Rejeitá-las? Acolhê-las? Ignorá-las?

A Igreja Católica Apostólica Romana, no Concílio Ecumênico Vaticano II nos orienta sobre isso:

"Com efeito, os homens constituem todos uma só comunidade; todos têm a mesma origem, pois foi Deus quem fez habitar em toda a terra o inteiro gênero humano; têm também todos um só fim último, Deus, que a todos estende a sua providência, seus testemunhos de bondade e seus desígnios de salvação até que os eleitos se reúnam na cidade santa, iluminada pela glória de Deus e onde todos os povos caminharão na sua luz"(NA 1).

Por isso, a Igreja professa:

"Não podemos, porém, invocar Deus como Pai comum de todos, se nos recusamos a tratar como irmãos alguns homens, criados à Sua imagem. De tal maneira estão ligadas a relação do homem a Deus Pai e a sua relação aos outros homens seus irmãos, que a Escritura afirma: «quem não ama, não conhece a Deus» (1 Jo. 4,8).
Carece, portanto, de fundamento toda a teoria ou modo de proceder que introduza entre homem e homem ou entre povo e povo qualquer discriminação quanto à dignidade humana e aos direitos que dela derivam.
A Igreja reprova, por isso, como contrária ao espírito de Cristo, toda e qualquer discriminação ou violência praticada por motivos de raça ou cor, condição ou religião. Consequentemente, o sagrado Concílio, seguindo os exemplos dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, pede ardentemente aos cristãos que, «observando uma boa conduta no meio dos homens. (1 Ped. 2,12), se ‚ possível, tenham paz com todos os homens, quanto deles depende, de modo que sejam na verdade filhos do Pai que está nos céus"(NA 5).

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Se queres a paz, preserve a natureza

Com essas palavras, o Santo Padre Bento XVI alertou, no dia mundial da paz, a importância de se proteger a criação divina.

Quando Deus criou a Terra, tudo "estava bom". Contudo, o pecado da ganância fez com que o ser humano abusasse daquilo que Deus lhe havia dado. O resultado não poderia ser outro. Hoje lutamos para salvar o planeta e a nós mesmos.

Talvez não haja tempo para recuperar tudo, mas continuar com a destruição desenfreada é ir contra os valores do evangelho.

"Ó Senhor, quão variadas são as vossas obras! Feitas, todas, com sabedoria, a terra está cheia das coisas que criastes". Sl 103:24

para mais informações:

http://212.77.1.245/news_services/bulletin/news/24944.php?index=24944&lang=po#TRADUZIONE%20IN%20LINGUA%20PORTOGHESE

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O que é a verdade?

"O que é a verdade?" - Indagou Pilatos a Jesus.

Teria Jesus respondido alguma coisa, caso tivesse oportunidade?

Essa resposta o mestre já havia dado aos seus discípulos:
"Eu sou o caminho, a VERDADE, e a vida" Jo 14:6 ; ou "Tua palavra é a VERDADE" Jo 17:17

Mas a pergunta tão justa de Pilatos permanecera para sempre sem uma resposta do nosso Senhor.

Será? Será que nosso Mestre não a respondeu? Será que a verdade deve ser sempre transformada em palavra proferida?

Jesus, mais do que ninguém, nos ensina que um simples olhar pode substituir uma prosa inteira de explicações teológicas. Um simples gesto pode falar mais que qualquer palavra humana. Um silêncio... sim, um silêncio, tem o poder de confirmar o que já suspeitamos.

O silêncio de Jesus diante dos chefes judeus confirmava uma heresia inigualável!
Agora, diante da pessoa que acreditava poder mudar o rumo dos acontecimentos, o Mestre novamente silencia. Pilatos confirmara suas suspeitas... e crucificar a verdade, seria uma injustiça.

Como Pilatos, também nós temos a necessidade de perguntar diariamente: "O que é a verdade?"
Queremos uma resposta pronta, simples e objetiva. Esquecemos o quanto nossas vidas são complexas, e o quanto a verdade pode ser difícil para nós.

Mas talvez esse seja o plano de Deus. Que você sempre busque a verdade.

Onde poderá achá-la? Dentro de si, talvez? Quem sabe, na sua família ou com seus amigos?

Muitos deram suas vidas procurando essa tal verdade. Nos palácios, nas igrejas enfeitadas, nas longas orações... não a encontraram.

Deveriam tê-la procurado nos locais mais humildes, nas pessoas mais simples, como aconselhara nosso Mestre.

Você pode vê-la nas pessoas necessitadas? Nos famintos ou doentes?
Você pode enxergar a verdade na miséria?

Pois ela sempre estará lá... esperando que alguém a veja, que alguém a reconheça.
Somente quando conseguirmos enxergar a verdade nos locais mais necessitados, poderemos praticar a imaculada religião (Tg 1:27).



O que é a verdade? ...(silêncio da voz, grito da alma)